O método Canguru e o desenvolvimento sensorial dos recém-nascidos.
Dra. Maria Cristina Centofanti
Formada pela UFG com residência médica em otorrinolaringologia: Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.
Dentro do projeto para se entender e divulgar a importância do bebê-canguru, faço as considerações sobre o assunto a partir da abordagem do desenvolvimento sensorial dos recém-nascidos.
Quando estamos diante de um bebê poucos têm a real dimensão da sua responsabilidade, que ultrapassa os cuidados físicos e de alimentação, sendo os estímulos muito importantes para o desenvolvimento sensorial, ou seja, a audição, o equilíbrio, o olfato e o paladar.
Como otorrinolaringologista, abordarei a audição e o equilíbrio, analisados conjuntamente, pois ambos são funções de estruturas localizadas no ouvido interno.
Os estímulos auditivos são observados desde o período intraútero. Posso citar como exemplo quando a grávida liga um liquidificador e imediatamente, são observados movimentos do bebê, um sinal de sua integridade auditiva.
O bebê, desde a vida intrauterina, tem a percepção da voz materna, mas seu aprendizado é muito intenso no primeiro ano de vida. No momento em que a criança sai do berço e colado ao corpo materno e movimenta-se pelos ambientes domésticos está absorvendo todos os sons, ou seja, vozes, sons agradáveis – como uma música de Bach para bebês –, sons desagradáveis, objetos que caem, buzinas, gritos, sendo tudo um grande aprendizado.
Simultaneamente, temos o importante desenvolvimento do sistema vestibular ou labiríntico, que ao movimentar precocemente, acompanhando a mãe em suas atividades rotineiras, estimula o desenvolvimento do equilíbrio que é a preparação da criança para ficar em pé e dar os primeiros passos.
A movimentação pelos ambientes suspenso ao corpo da mãe traz outros importantes estímulos, como captar os odores (olfato), sentindo o cheiro dos ambientes, dos alimentos.
Todas estas funções sensoriais tem grande relevância para o ser humano durante toda a sua vida, por isto a importância e a necessidade de estimular os bebês o máximo possível nos primeiros anos de vida.
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